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terça-feira, 14 de março de 2017

FORMAÇÃO OU INFORMAÇÃO ?


Definir a diferença entre a Pedagogia Waldorf e as tradicionais equivale, para alguns aficionados, dizer que “a Pedagogia Waldorf forma, a tradicional informa”. Trata-se de uma afirmação que contém uma grande parcela de verdade, mas não toda a verdade.

Realmente, a Pedagogia Waldorf visa à formação do ser humano; quer desenvolvê-lo harmoniosamente em todos os seus aspectos: inteligência, conhecimentos, vontade, ideais sociais etc.; quer despertar todas as suas qualidades e disposições inatas e estabelecer um relacionamento sadio entre o indivíduo e seu mundo ambiente – que inclui os outros homens. Mas a ‘informação’ também é necessária: sem ela, nenhuma formação é possível. Ela transmite, portanto, conhecimentos em grande quantidade; transmite-os em maior riqueza e diversidade do que a escola comum, pois não se limita a um programa mínimo de matéria, mas visa criar, dentro da sala de aula, uma imagem do mundo. Os conhecimentos são, pois, um meio importante para a formação; não são um fim em si, mas um instrumento poderoso e imprescindível.

De outro lado, a Pedagogia Waldorf descarta tudo que é apenas conhecimento inútil, abstrato, enciclopédico, sem relação com a vida. Para dar um exemplo: ela prefere, na geografia, transmitir uma imagem viva de um país, de uma região ou de um processo telúrico, em vez de abarrotar a memória do aluno com nomes próprios e dados que em nada contribuem para constituir uma unidade orgânica e que se encontram em qualquer enciclopédia, à disposição de quem quiser abri-la. São dados mortos, que apenas pesam na memória e nada fazem para uma autêntica vivência do mundo. Essa ligação com o mundo, considerado como habitat vivo e orgânico da humanidade, é uma das metas principais da Pedagogia Waldorf. Ela quer formar indivíduos práticos e conscientes. Por isso, toda alienação lhe é estranha.




Rudolf Lanz


Sugestão de leitura: "A Pedagogia Waldorf – Caminho para um ensino mais humano", Rudolf Lanz.




Fonte: Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/forum/formacao-ou-informacao-2/
Fonte da Gravura: pixabay.com - CC0 Creative Commons - Public Domain

sábado, 17 de dezembro de 2016

PEDAGOGIA DO AMOR E LIBERDADE

“Só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral, isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade. A criança se desenvolve de dentro para fora e um dos cuidados principais do professor deveria ser respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa, dando atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades. O ensino escolar deveria propiciar o desenvolvimento de cada um em três campos: o da faculdade de conhecer, de desenvolver habilidades manuais e o de desenvolver atitudes e valores morais. Assim se iniciam: cérebro, mãos e coração.”

Johann Heinrich Pestalozzi



Johann Heinrich Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e morreu em 1827. Para ele, os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança. Pestalozzi afirmava que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas.

A escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar, para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto.

Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral, isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade.

A criança, na visão de Pestalozzi, se desenvolve de dentro para fora e um dos cuidados principais do professor deveria ser respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa, dando atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades.

Ele costumava comparar o ofício do professor ao do jardineiro, que devia providenciar as melhores condições externas para que as plantas seguissem seu desenvolvimento natural. Ele gostava de lembrar que a semente traz em si o “projeto” da árvore toda.

Desse modo, o aprendizado seria, em grande parte, conduzido pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento. É a ideia do “aprender fazendo”, amplamente incorporada pelas escolas posteriores a ele. O método deveria partir do conhecido para o novo e do concreto para o abstrato, com ênfase na ação e na percepção dos objetos, mais do que nas palavras. O que importava não era tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

Para Pestallozzi, todo homem deveria adquirir autonomia intelectual para poder desenvolver uma atividade produtiva autônoma. O ensino escolar deveria propiciar o desenvolvimento de cada um em três campos: o da faculdade de conhecer, de desenvolver habilidades manuais e o de desenvolver atitudes e valores morais. Assim se iniciam: cérebro, mãos e coração, segundo Pestallozzi.





Fonte do Texto e da Gravura:
Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br