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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

SOLIS INVICTUS - MITRA, O DEUS SOL

 


[...] A religião chamada mitraísmo surgiu na Pérsia, atual Irã, com forte inspiração do zoroastrismo. Com as expansões de Roma, o mitraísmo tornou-se bastante popular entre os soldados. Logo, ela viria a ser uma das religiões mais influentes no Império.

O mitraísmo era uma religião de mistérios. Isso significa que ela transmitia seu conhecimento através de símbolos, palavras e rituais de iniciação. Pouco se sabe dos rituais do mitraísmo, pois seus conhecimentos eram transmitidos oralmente. Mas graças ao trabalho criterioso de arqueólogos, foi possível analisar seus vestígios materiais.


O local onde se realizavam esses rituais era o Mithraeum. Ele ficava em geral em cavernas ou em construções subterrâneas. Tinha um formato de quadrilongo em proporção áurea e no lado oriental havia um altar onde simbolicamente era sacrificado o Touro. O Touro simboliza a Era anterior à de Aries, que muda num ciclo de cerca de dois milênios num movimento astronômico chamado de Precessão dos Equinócios.

Como Mithra simbolizava o Sol, ele nascia três dias depois do Solstício de Inverno do Hemisfério Norte, ou seja, 25 de dezembro. Ao longo do ano, ele fazia ciclicamente o caminho das 12 constelações zodiacais.

O ritual de Mithra mantinha a reverência ao Fogo Sagrado, mas era uma religião puramente masculina. Só que havia em Roma uma outra religião que adorava o Fogo Sagrado e que era exclusivamente para mulheres. Elas eram as as Vestais, que mantinham um pacto de preservarem a virgindade.

Quando a religião cristã foi criada, ela absorveu tanto as influências do mitraísmo quanto dos cultos vestais. Mas a nova religião deixava de ser um caminho iniciático e se tornava aberta. Mithra foi identificado como Jesus e sua mãe, Maria, foi associada à virgindade da Deusa Vesta.

Dali para frente, o cristianismo católico romano faria sempre o mesmo movimento: incorporava os elementos dos cultos pagãos, enxertando-os em sua cosmovisão. Deuses viraram santos e assim a Igreja Católica se tornou a herdeira do Império Romano.



Thomas de Toledo



Fonte do Texto e das Gravuras: BIBLIOT3CA FERNANDO PESSOA
E-Mail: revista.bibliot3ca@gmail.com – Bibliotecário- J. Filardo
https://bibliot3ca.com/2023/12/26/solis-invictus/

NASCIMENTO DO SOL INVENCÍVEL - NATALIS SOLIS INVICTI (A MÍSTICA DO NATAL)

 


Esta tradição esotérica é confirmada pelos antigos rituais dos Mistérios pagãos, que os Novos Mistérios Cristãos vieram substituir e elevar de grau vibratório. Os historiadores costumam invocar um velho almanaque romano chamado Cronógrafo, do ano 354 d. C., da autoria de Philocalus (autor incerto), também conhecido como Calendário Philocaliano, e que cita o ano 336 como o primeiro em que a Igreja festejou a celebração do Natal em 25 de Dezembro.

Na Igreja armênia o dia 25 de Dezembro nunca foi aceito para data do Natal, mantendo-se a antiga tradição Iniciática de celebrar o dia 6 de Janeiro (Dia de Reis), considerado o «12º Dia sagrado» da tradição mistérica cristã.

De acordo com a autora rosacruciana Corinne Heline, o período de 12 dias que decorre após a festividade solsticial do Natal, entre o dia 26 de Dezembro e o dia 6 de Janeiro é um período de profundo significado esotérico e constitui o «coração espiritual» do ano que vai seguir-se: é o lugar-tempo mais sagrado de cada ano que entra e designa-se por «Os Doze Dias Sagrados» e está sob a influência direta das Doze Hierarquias Zodiacais, que projetam sobre o planeta Terra, sucessivamente e durante cada um desses 12 dias, um modelo de perfeição tal como o mundo será quando a obra conjugada das Doze Hierarquias por fim se completar (Corinne Heline, New Age Bible Interpretation, vol. VII: «Mystery of the Christos», 6h printing., New Age Press, 1988,. pp. 8-19).

Segundo alguns historiadores, estaria na associação de Cristo com o «Sol de Justiça» a escolha do Solstício de Inverno (no hemisfério norte) para celebrar o «nascimento do Sol invencível», Natalis Solis Invicti, um ritual pagão (Saturnália) que festejava, com ritos de alegria e troca de prendas, desde o dia 17 de Dezembro e até ao dia 25, o momento em que o Sol «cresce», ou renasce (no hemisfério norte), após o dia ter atingido a sua duração mais curta (21-22 de Dezembro). Com efeito, nessa data o Sol atinge a sua declinação-Sul máxima, cerca de 23º 26’, estacionando nela durante três dias e retomando o «caminho do Norte» a partir do dia 24 ou 25.

A data de 25 de Dezembro era igualmente o data do nascimento do deus Mithra, dos Mistérios Iranianos. Mithra era designado por «Sol de Justiça» — ou melhor, «Sol de Justeza» —, provavelmente por alguma influência do antigo Egito.

Reza uma antiga lenda que Moisés foi instruído e iniciado na grande Escola de Mistérios de Heliópolis, a cidade sagrada perto de Mênfis a que os Egípcios chamavam On ou Annu. Não surpreende, portanto, que o símbolo solar de Ra, o Esplendor Alado, se tenha mantido na tradição hebraica e nas áreas afins do Médio Oriente, como nos testemunha o profeta Malaquias, ao afirmar que «o Sol de Justeza se erguerá com a salvação nas suas asas (ou nos seus raios)» (Malaquias 3, 20).

Assim, o percurso solar ao longo do ano marca os «passos iniciáticos» do percurso de Cristo e, ao mesmo tempo, marca os pontos fulcrais da liturgia ao longo do ano, em referência às «provas» cíclicas por que tem de passar todo o ser humano na sua via evolutiva:

Quando o Sol em 21 de Dezembro entra em Capricórnio (signo regido por Saturno, daí os Saturnália ), os poderes das trevas de certo modo tomam conta do «Dador da Vida», mas dá-se o renascimento após os três dias de «paragem» (solstício = sol-stitium = sol + sistere, suster, parar), ou seja, o dia 25 marca o término do «ciclo solsticial». A partir do dia 26 de Dezembro inicia-se um segundo ciclo de especial significado iniciático: entre o dia 26 de Dezembro (1º Dia Sagrado) e o dia 6 de Janeiro (12º Dia Sagrado) ocorria a preparação ritual dos catecúmenos que eram batizados no Dia de Reis (Primeira Iniciação). Estes «Doze Dias Sagrados», que acompanham a fase inicial do renascimento do «Sol Invencível», eram como que um resumo do ano zodiacal seguinte, e, tal como já se referiu, estavam sob a proteção das Hierarquias Celestes que tradicionalmente regem os 12 Signos do Zodíaco.



Antônio de Macedo



Fonte: E-Book "A Alquimia Espiritual dos Rosacruzes", pp.59-61
Fraternidade Rosacruz Max Heindel
www.fraternidaderosacruz.org
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/natal-decora%C3%A7%C3%A3o-de-natal-4646421/