sábado, 17 de dezembro de 2016

PEDAGOGIA DO AMOR E LIBERDADE

“Só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral, isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade. A criança se desenvolve de dentro para fora e um dos cuidados principais do professor deveria ser respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa, dando atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades. O ensino escolar deveria propiciar o desenvolvimento de cada um em três campos: o da faculdade de conhecer, de desenvolver habilidades manuais e o de desenvolver atitudes e valores morais. Assim se iniciam: cérebro, mãos e coração.”

Johann Heinrich Pestalozzi



Johann Heinrich Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e morreu em 1827. Para ele, os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança. Pestalozzi afirmava que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas.

A escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar, para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto.

Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral, isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade.

A criança, na visão de Pestalozzi, se desenvolve de dentro para fora e um dos cuidados principais do professor deveria ser respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa, dando atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades.

Ele costumava comparar o ofício do professor ao do jardineiro, que devia providenciar as melhores condições externas para que as plantas seguissem seu desenvolvimento natural. Ele gostava de lembrar que a semente traz em si o “projeto” da árvore toda.

Desse modo, o aprendizado seria, em grande parte, conduzido pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento. É a ideia do “aprender fazendo”, amplamente incorporada pelas escolas posteriores a ele. O método deveria partir do conhecido para o novo e do concreto para o abstrato, com ênfase na ação e na percepção dos objetos, mais do que nas palavras. O que importava não era tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

Para Pestallozzi, todo homem deveria adquirir autonomia intelectual para poder desenvolver uma atividade produtiva autônoma. O ensino escolar deveria propiciar o desenvolvimento de cada um em três campos: o da faculdade de conhecer, de desenvolver habilidades manuais e o de desenvolver atitudes e valores morais. Assim se iniciam: cérebro, mãos e coração, segundo Pestallozzi.





Fonte do Texto e da Gravura:
Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br